Sexta-feira, 22ª Semana do Tempo Comum
Santa Teresa de Calcutá (1997
Col 1,15-20: Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele
Sl 100: "Entrai na presença do Senhor com vivas"
Lc 5,33-39: Ninguém põe vinho novo em odres velhos
Naquele tempo, os escribas e fariseus disseram a Jesus: Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com frequência e fazem longas orações, mas os teus comem e bebem... Jesus respondeu-lhes: Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão. Jesus propôs também esta comparação: Ninguém rasga um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha, porque assim estragaria uma roupa nova. Além disso, o remendo novo não assentaria bem na roupa velha. Também ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo arrebentará os odres e se perderá, e vão perder-se os odres; mas o vinho novo deve-se pôr em odres novos, e assim ambos se conservam. Demais, ninguém que bebeu do vinho velho quer já do novo, porque diz: O vinho velho é melhor.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
Uma das coisas que impedem o crescimento de nossas comunidades cristãs é inércia. Quando dizemos: "essa é a tradição", "sempre foi feito assim", não damos espaço para a novidade. Nessas expressões manifestamos conformismo, instalação, rotina e desconfiança diante de propostas que nos incomodam. Nós nos fechamos com muita facilidade às mudanças, preferimos a segurança habitual. Corremos o risco de transformar os meios em um fim, ou seja, acreditamos que cumprir as práticas religiosas é suficiente diante de Deus. Empobrecemos nossa espiritualidade, tornando-a imutável. Jesus nos convida a amadurecer nossa fé, fazendo com que os costumes religiosos reflitam o amor e a misericórdia que dispensamos. Só assim saímos da observância e estamos prontos a viver a novidade do Evangelho. Mesmo no meio das difíceis circunstâncias em que vivemos, nós, cristãos, devemos ser testemunhas da alegria e da esperança. Este é um convite e um chamado para despertar a bondade e não a rigidez em nossos relacionamentos. Não se deixe levar, nem pela rotina, nem pela inércia. Igreja e comunidade cristã não são museus, mas locais de iniciativas e criatividade para o bem.
Pensamento do dia:
"Deus nos livre de uma Igreja mundana sob trajes espirituais ou pastorais! (EG 97).