23ª Semana do Tempo Comum
São João Crisóstomo (407)
1Tim 1,15-17: Ele veio ao mundo para salvar os pecadores
Sl 113: «Bendito seja o nome do Senhor para sempre»
Lc 6,43-49: «Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?»
Jesus disse aos seus discípulos: "Não há árvore boa que não dê fruto bom, nem árvore má que dê fruto saudável". Cada árvore é reconhecida por seus frutos. Nenhum figo é colhido da serralha ou uvas colhidas de espinheiros. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração; o homem mau tira o mal do mau tesouro do seu coração. Pois a boca fala do que está cheio o coração. Por que me chamais Senhor, Senhor, se não fazeis o que eu vos digo? Eu vos explicarei quem é aquele que vem a mim: aquele que ouve as minhas palavras e as cumpre. Ele é como alguém que edificou uma casa; cavou, aprofundou e lançou os alicerces sobre a rocha. Veio uma enchente, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa, mas não ficou abalada porque estava bem construída sobre a rocha. Mas quem ouve as minhas palavras e não as pratica, é como quem edificou uma casa sobre a areia, sem alicerces. A torrente investiu contra aquela casa e ela desabou; e grande foi a sua ruína.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
O Sermão da Planície conclui com uma exortação a viver de acordo com os ensinamentos recebidos. Não basta conhecer a mensagem de Jesus, é preciso torná-la viva, isto é, praticá-la. O texto começa com a imagem das árvores e dos frutos, para indicar que a verdade daquele que crê se manifesta em ações; as palavras não são suficientes, por mais corretas e boas que pareçam. Evitar a dicotomia entre o que dizemos e o que vivemos continua sendo um desafio nos ambientes religiosos. Nossa vida cristã é chamada a ser fecunda, a gerar um impacto positivo em nossas relações humanas. As novas gerações cristãs estão cansadas de sermões e ambientes cheios de escrúpulos moralistas. Tornar o Evangelho credível ou acreditável para as pessoas empobrecidas requer gestos e ações de ajuda humanitária. Para isso, a parábola final nos exorta a construir nossas vidas sobre a rocha sólida de Jesus. Quem vive a sua Palavra, sustentado pela fé, poderá estar no meio das contrariedades da vida e da história e permanecer sempre firme e fiel como a casa construída sobre a rocha.
Pensamento do dia:
"A força da fé, da esperança e da caridade permite reduzir as distâncias que nos separam das tragédias humanas" (Papa Francisco).