Segunda-feira, 14ª Semana do Tempo Comum, San Fermín (século IV)
18 Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: "Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá".
19 Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20 Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia, há doze anos, veio por trás dele e tocou a barra do seu manto.
21 Ela pensava consigo: "Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada".
22 Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: "Coragem, filha! A tua fé te salvou". E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23 Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada,
24 e disse: "Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo". E começaram a caçoar dele.
25 Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.
26 Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
Vivemos em um mundo onde as necessidades humanas são mais difíceis de satisfazer; não apenas as necessidades materiais, mas aquelas que são essenciais para o desenvolvimento integral: identidade, participação e inclusão. O acesso aos bens materiais e o reconhecimento são necessários, mas não a ponto de esquecer os outros. Na história que contemplamos hoje, Jesus reintegra na vida comunitária duas mulheres com problemas de saúde. O poder curativo de Jesus restaura a dignidade da pessoa, os seus direitos, os seus vínculos, a sua palavra e o seu equilíbrio vital. A resposta de Jesus a essas mulheres contradizia os entendimentos sociais daquela época, que tinham como norma o descarte e a morte para quem era diferente. Para nós hoje uma proposta: manter o equilíbrio entre atender às necessidades pessoais e a disposição de cuidar dos mais necessitados. Que possamos ter uma melhor qualidade de vida, sem ter que viver sem Deus para viver com o próximo.
Pensamento do dia:
"No campo da saúde, alguns desfrutam das chamadas excelências e muitos outros têm dificuldade de acesso aos cuidados básicos" (Papa Francisco).