Terça-feira, 13ª Semana do Tempo Comum, San Atilano Cruz (1928)

 

Naquele tempo, 
23 Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 
24 E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 
25 Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: "Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!" 
26 Jesus respondeu: "Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?" Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 
27 Os homens ficaram admirados e diziam: "Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" Palavra da Salvação. 

Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

 

Comentário

Quando as pessoas são obrigadas a deixar os seus países de origem, seja por causa da violência, da pobreza ou dos fenômenos naturais, é como se surgisse uma forte tempestade a ponto de afetar, profunda e traumaticamente, todas as dimensões da pessoa. Pela mesma razão, as relações da vida comunitária de quem fica e de quem é obrigado a migrar são danificadas. Diante deste flagelo global, ouve-se cada vez mais alto o mesmo apelo com que os discípulos despertaram Jesus: Senhor, salva-nos, porque estamos afundando! É a súplica confiante de quem crê em Jesus e vê nele uma luz de salvação e de libertação. Esse grito desesperado questiona a tranquilidade e o conformismo daqueles que sofrem de surdez humana e cristã. Não podemos confiar em uma religiosidade confortável, que torna o coração, a cabeça e as mãos insensíveis. Não podemos ser covardes e e nem insensíveis na fé a ponto de não fica indignado diante da dor e da tragédia humana causada pela atual migração forçada.

Pensamento do dia:
"Devemos ser uma comunidade mundial que navega no mesmo barco, onde o mal de um prejudica a todos" (Papa Francisco).