Evanglho: João 14,17-31a

Terça-feira da  5ª Semana da Páscoa

 

Naquele tempo, 11 Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12 Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". 14 Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Pensando que fosse o jardineiro, Maria disse: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar". 16 Então Jesus disse: "Maria!" Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabuni" (que quer dizer: Mestre). 17 Jesus disse: "Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". 18 Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que Jesus lhe tinha dito. Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor. 

 

Comentário

 

Jesus despede-se dos discípulos, mas deixa a eles uma tarefa: que sejam anunciadores do Evangelho. O desejo de paz de Jesus é sincero porque ele próprio foi vítima de uma sociedade violenta. E oferece sua paz, não aquela paz aparente que evita conflitos e não vai até as causas das injustiças, mas uma paz que é presença de vida plena. Certamente reconhecemos a paz do mundo, semeada com a diplomacia que busca apagar a memória. A paz de Jesus é um dom do Espírito Santo (Gl 5,22). O Espírito, que não se restringe às obras instintivas ou egoístas. Será paz duradoura e social, quando, como Cristo, nos vivermos uma comunhão sincera. Jesus confia aos seus discípulos e a nós uma grande tarefa: derrubar os muros que nos separam e prolongar na história os sinais da sua presença (Ef 2, 14). A despedida de Jesus causa tristeza nos discípulos, mas depois se transforma em alegria quando eles experimentam sua presença na vida comunitária. Sintamos a presença do Ressuscitado, não só nos sacramentos, mas onde quer que sejamos humanizados pelo amor a todos. Que Deus te abençoe....

Pensamento do dia:
"Trata-se de ser artesãos da paz, porque construir a paz é uma arte que requer serenidade, criatividade, sensibilidade e habilidade" (GE 89).